"Não podemos tolerar que haja problema sistémico em relação às mulheres"
17/09/2021 10:50 em Notícias

 

Após ter revelado que recebeu mensagens com ameaças de morte através das redes sociais, Inês de Sousa Real foi entrevistada na TVI24, onde começou por revelar que, "já no passado, tinha havido um episódio, quando fizemos uma denúncia em relação a um canil intermunicipal, [em] que recebi algumas ameaças".

 Nessa altura, a líder do PAN reportou o sucedido ao Ministério Público, "mas não foi possível identificar a autoria dessas mensagens e o processo foi arquivado". 

Contudo, notou que "com esta mudança para o feminino [na liderança do partido], as injúrias, a adjetivação das mesmas vão sempre para características amorais, de uma baixa vulgaridade que é absolutamente inadmissível." E, "ontem [quarta-feira], quando cheguei ao final da noite a casa, deparei-me com uma mensagem de ameaça de morte se não me calasse". 

Inês de Sousa Real sublinhou ainda que não pode "aceitar ou admitir que num Estado Democrático, em que lutámos tanto na nossa Democracia para que pudéssemos exercer os nossos direitos políticos e de cidadania, alguém que se sinta no direito de coagir um membro de um órgão de soberania". 

Destacando que "em qualquer circunstância" estes atos seriam graves, a parlamentar acrescentou que "também não podemos aceitar e tolerar que haja um problema sistémico na nossa sociedade em relação às mulheres que ocupam cargos públicos ou políticos".

De recordar que a líder do PAN revelou, esta quinta-feira, que foi ameaçada de morte através das redes sociais e divulgou no Twitter as mensagens que recebeu. Vai apresentar queixa ao Ministério Público.

Nas imagens publicadas pela própria - e que acompanham as publicações - é possível perceber que um homem chama "p***" à líder do PAN: "Mete-te a pau com o que dizes senão vais ser morta". Noutra mensagem, Inês de Sousa Real é chamada de "porca", "gorda" e "vadia". 

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