Sequestrador de irmão de Zezé Di Camargo e Luciano é um dos mortos em confronto em São José dos Pinhais, diz Polícia Civil
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Publicado em 13/01/2021

Ozélio de Oliveira, que foi condenado pelo sequestro do cantor gospel Wellington Camargo, irmão da dupla Zezé Di Camargo e Luciano, é um dos cinco mortos em um confronto com a Polícia Militar (PM), em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na madrugada de sábado (9). A informação sobre Ozélio foi confirmada ao G1 pelo delegado Fábio Machado. 

Wellington Camargo foi sequestrado em 16 de dezembro de 1998 em sua casa, no Jardim Europa, em Goiânia, por quatro homens armados, e foi resgatado no dia 21 de março de 1999 (Relembre o caso ao final da reportagem).

Os cinco mortos na madrugada de sábado eram suspeitos de planejar o sequestro de um empresário paranaense e foram localizados em dois carros após um trabalho de inteligência da polícia. 

Nesta quarta-feira (13), a Polícia Militar do Paraná informou que a corporação soube da existência do plano de sequestro por denúncias e que o confronto ocorreu após tentativa de abordagem dos suspeitos. Os nomes dos demais mortos não foram divulgados.

De acordo com a PM, nenhum policial foi ferido.

"Eles vieram de São Paulo, eram faccionados, do crime organizado, e estavam envolvidos com situações criminosas", disse o tenente Cruz, da Polícia Militar, logo após o confronto. 

 

G1 tenta localizar a defesa da família de Ozélio.

Ozélio de Oliveira era conhecido como Sumô, tinha sido condenado a mais de 108 anos de prisão por crimes como roubo, homicídio, além do sequestro de Wellington. 

A Polícia Federal (PF) diz que ele foi o responsável pela organização de uma quadrilha de São Paulo em Roraima.

Em setembro de 2018, Ozélio fugiu da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), na Região Metropolitana de Curitiba, junto com outros 28 presos. Durante a fuga, criminosos fortemente armados explodiram um muro da penitenciária e resgataram os detentos, segundo o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR).

 

Conforme o departamento, veículos foram queimados nos principais acessos ao complexo penitenciário e nas estradas da região.

Após o sequestro de Wellington Camargo, o primeiro contato dos sequestradores com a família dele foi feito cinco dias depois. Na ocasião, Wellington conversou por telefone com o irmão Emanoel Camargo, que era o porta-voz da família nas negociações.

Na madrugada do dia 13 de março de 1999, os sequestradores enviaram a uma emissora de televisão de Goiânia um pedaço da orelha de Wellington e um bilhete, para pressionar a família a pagar o resgate. Após dois dias, exames confirmaram que a orelha era mesmo da vítima.

 

 

 

O resgate no valor de US$ 300 mil foi pago em 20 de março. No dia seguinte, Wellington foi deixado pelos sequestradores dentro de um buraco, a 150 metros de uma estrada vicinal, entre Goiânia e Guapó, na Região Metropolitana.

O cantor saiu do matagal e foi encontrado por dois motociclistas, que o reconheceram. 

Em 23 de março de 1999, três dias após o pagamento do resgate, sete dos dez acusados de participarem do sequestro de Wellington foram presos em Campo Grande (MS).

No dia 24, eles foram transferidos para Goiânia. Os outros três integrantes da quadrilha acabaram presos posteriormente. Eles faziam parte de um grupo conhecido como "Quadrilha dos Oliveira", que, segundo a polícia, era chefiado por Osmar Martins e Ozélio Oliveira.

A condenação de sete acusados presos ocorreu em novembro de 1999. Os demais, como ainda estavam foragidos, foram julgados em processos separados.

 

 

 

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