Segundo o Ministério da Saúde de Israel, o primeiro caso está associado a uma criança de 11 anos proveniente da Europa, que está sob quarentena, e foi detetado no Aeroporto Internacional Ben Gurion de Telavive.
"A variante AY4.2, que foi descoberta em vários países da Europa, foi identificada em Israel", anunciou o ministério em comunicado, esclarecendo que mais nenhum caso foi detetado desde então.
A nova variante, rara e aparentemente sem riscos acrescidos de contágio face à Delta, a mais transmissível das variantes do SARS-CoV-2 em circulação, foi descoberta em Israel quando o país estava a considerar o levantamento de algumas das restrições em vigor, em particular as que visam o turismo.
Face ao aparecimento da variante AY4.2, o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, instruiu para que fosse reforçada a investigação epidemiológica sobre esta subvariante da Delta e contactados os países onde a mesma já foi identificada para troca de informações. Eventuais alterações nas regras de entrada de turistas no país irão ser ponderadas.
No Reino Unido, onde o número de novas infeções está a aumentar aproximando-se dos níveis da violenta vaga que atingiu o país no inverno passado, as autoridades de saúde estão a monitorizar a nova variante, que está a propagar-se.
Segundo o ministro da Saúde, Sajid Javid, "não há razão para crer, neste momento, que ela represente um maior risco".
Apesar do aumento de novos casos e da pressão hospitalar, o Governo britânico rejeitou na quarta-feira os apelos para a reposição das restrições, como o uso de máscaras em espaços interiores e o teletrabalho, optando por dar primazia à vacinação.
Em Portugal já foram detetados nove casos da variante AY4.2, de acordo com o mais recente relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 e que data de terça-feira.
"A análise genética indica que os casos detetados em Portugal, entre 24 de agosto e 04 de outubro, representam várias introduções independentes do vírus, as quais estão sob investigação pelas autoridades de saúde", refere o relatório.