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"Em Portugal a vacinação é um sucesso e a Covid já não faz manchetes"
Notícias
Publicado em 26/10/2021

O sucesso da vacinação contra a Covid-19 em Portugal foi, esta segunda-feira, mais uma vez, destaque lá fora.

Salienta a Rádio e Televisão Suíça (RTS), num artigo publicado no site esta segunda-feira, que “em Portugal a Covid-19 já não ocupa as manchetes dos meios de comunicação social, graças a uma campanha de vacinação muito eficaz. A Task Force foi desativada há quase um mês e os pacientes com doença grave quase desapareceram dos hospitais”.

De acordo com o jornalista Benjamin Luis, em frente ao posto de vacinação da Avenida Gama Pinto, um dos quatro que ainda não foram encerrados em Lisboa, foi retomado “o ballet de táxis disponibilizado gratuitamente pelo município” a quem quer ser vacinado.

Nas filas, segundo o mesmo profissional, só se veem idosos, com mais de 80 anos, que vieram receber a terceira dose da vacina contra a Covid-19. “Não há necessidade de procurar outros adultos nas filas quase vazias pois, desde o início do mês, em Portugal, quase não há adultos por vacinar”, evidenciou Benjamin Luis, recordando que, “se na Suíça 62% da população tem as duas doses da vacina, em Portugal 86% da população está totalmente vacinada, uma percentagem que sobe para quase 100% entre os portugueses com mais de 65 anos”.

Uma das razões apontadas pela RTS para o sucesso da vacinação contra a Covid-19 em Portugal, com base nas explicações de Ana Nunes de Almeida, professora de sociologia da Universidade de Lisboa, é que, “tradicionalmente, as taxas de vacinação em Portugal são extremamente elevadas. A população tem, geralmente, grande confiança nas autoridades de saúde”, ao contrário do que acontece em relação aos políticos e ao primeiro-ministro.

Além disso, como os jovens têm relações muito próximas com os avós, “sentiram que era importante proteger os idosos, ao contrário de outras realidades europeias”.

Contudo, para a RTS, “se esse sucesso é em parte cultural, também é logístico” e o “popular e conceituado maestro da operação” é o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, “um homem que simboliza mais do que qualquer outro esta campanha realizada a todo o vapor e, principalmente, fora de qualquer filiação política”.

 

Apesar desta “imunização em massa”, recorda a RTS, o uso de máscara e a adoção de outras medidas de proteção ainda são bem visíveis em Portugal, embora já não sejam obrigatórias.

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