MENU
Leão afasta receios em torno da inflação e reitera aumentos de 0,9%
Notícias
Publicado em 17/11/2021

"Portugal mantém-se com um dos países com taxa de inflação mais baixa", em linha com as previsões do Governo, referiu o ministro das Finanças, salientando que este aumento da taxa de inflação é considerado pelos bancos centrais e também pelos ministros das Finanças europeus como "algo de natureza temporária", havendo consenso de que vai começar a reduzir-se a partir do próximo ano.

João Leão falava aos jornalista à margem da cimeira anual da Autoridade e Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), que hoje decorreu em Lisboa, onde foi questionado sobre o facto de os dados hoje divulgados pelo Eurostat indicarem que a taxa de inflação anual subiu em outubro pelo quarto mês consecutivo na zona euro e na União Europeia (UE), tendo ultrapassado a barreira dos 4%.

Na zona euro, a taxa de inflação aumentou para os 4,1% em outubro, face aos -0,3% do mesmo mês de 2020 e aos 3,4% de setembro.

Na UE, a inflação chegou aos 4,4%, que se comparam com os 0,3% homólogos e os 3,6% de setembro, tendo o indicador aumentado em todos os Estados-membros.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, entre os 27 Estados-membros, as taxas de inflação anuais mais baixas foram registadas, em outubro, em Malta (1,4%), Portugal (1,8%), Finlândia e Grécia (2,8% cada).

A sustentar a situação em Portugal, indicou, estão as medidas tomadas para estabilizar os preços do setor elétrico, situação que "não aconteceu" noutros países.

Questionado sobre se no atual contexto faz sentido que a atualização salarial da função pública seja de 0,9%, o ministro precisou que a expectativa é que a inflação média dos últimos 12 meses -- a que serve de referência aos aumentos -- fique próxima daquele valor, tendo em conta os dados conhecidos até outubro.

"Vamos agora verificar qual é a inflação [média dos últimos 12 meses conhecida em dezembro] para se proceder a essa atualização, mas neste momento a estimativa que existe e o que conhecemos até outubro é 0,9%, e os números apontam para que fique nos 0,9%", precisou.

Já sobre a necessidade de terem de vir a ser tomadas medidas para conter a subida de novos casos de covid-19, o ministro salientou a necessidade de se atuar proativamente, mas lembrou que, perante o padrão de evolução e a taxa de vacinação de Portugal, não se antecipa, pelo menos para já, que tenham de ser tomadas medidas que afetem significativamente a atividade económica ou a vida dos portugueses.

Comentários