Em resposta a Rui Rio, António Costa disse hoje que “a campanha tem que assentar em cada um expor o seu programa, não esconder porque não deve haver gato escondido, deve haver tudo às claras”.
Mencionou que "dá a cara" pelo programa eleitoral do PS, acrescentando: "Aquilo que o Rui Rio devia fazer, em vez de se preocupar comigo, era preocupar-se em apresentar aos portugueses o seu verdadeiro programa e não esconder”.
“O nosso programa é um programa claro, o que acontece com o de Rui Rio é que é um programa escondido", atirou, reforçando: “Nós não temos um programa escondido, no nosso programa não há gato”.
António Costa refletiu sobre as adversidades com que teve de lidar ao longo dos últimos anos, salientando que perante a pandemia o PS não “virou a cara” e que “a vida é feita de rosas e de espinhos e quem vem para o governo não vem ao engano, sabe que tem que enfrentar dificuldades e tem que as ultrapassar”.
Quanto à luta que o PS enfrenta contra o PSD, o primeiro-ministro afirmou que “a luta faz parte da vida política e faz parte da nossa vida, todos nós lutamos e os portugueses nunca tiveram medo de lutas. Agora temos que encarar as lutas com ânimo, com determinação e é isso que estamos a fazer”.
Questionado sobre as declarações de Rui Rio, que disse que Costa estava na "iminência de perder as eleições" e que "podia perdê-las com dignidade", frisou: “Não vou estar a jogar pingue-pongue com Rui Rio. O meu diálogo é com os portugueses, explicando o que nós queremos continuar a fazer. Os portugueses conhecem-nos, sabem o que fizemos nos seis anos anteriores”.
Referiu ainda que: "o PSD é contra a subida do salário mínimo, mas chega às eleições e diz que não é. É contra o aumento extraordinário das pensões e chega às eleições e não é capaz de dizer o que faz. Sobre o SNS já disse tudo e o seu contrário. A falta de clareza não está aqui, está mesmo no nosso adversário".
Em relação ao direito de voto, o secretário-geral do PS explicou que “ninguém, em circunstância alguma, pode ser impedido de votar”, relembrando, novamente, que os infetados votem a partir das 18h00 para que “todo o processo eleitoral possa decorrer em tranquilidade”.
António Costa voltou a mencionar a importância do diálogo com todos os partidos, excluindo o Chega e não revelou se o PS teria um aliado de preferência.