Depois da aprovação à tangente no executivo municipal, graças à abstenção dos vereadores do PS, o mesmo cenário repetiu-se esta quinta-feira na Assembleia Municipal e está aprovado o primeiro orçamento da Câmara Municipal de Lisboa liderada por Carlos Moedas.
O orçamento foi assim aprovado com os votos a favor da coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) e IL e os votos contra do BE, PCP, Livre, PEV, Chega e independentes, e as abstenções de PS e PAN.
Na terça-feira, o executivo camarário de Lisboa tinha aprovado com os sete votos a favor da coligação 'Novos Tempos' o orçamento, que prevê uma despesa de 1,16 mil milhões de euros, uma despesa ligeiramente superior ao último orçamento do mandato de Fernando Medina (1,15 mil milhões de euros), faltando assim a agora confirmada aprovação da Assembleia Municipal.
É uma aprovação que não passaria sem a abstenção do PS, já que a coligação liderada pelo social-democrata Carlos Moedas não tem maioria absoluta, nem na câmara, nem na assembleia municipal.
Na terça-feira, o PS defendeu a abstenção de forma a viabilizar o orçamento e garantir a estabilidade na autarquia, mas não impôs sentido de voto aos seus deputados municipais.
Neste orçamento está previsto o investimento na gratuitidade dos transportes públicos para os lisboetas com menos de 23 anos e mais de 65 anos e o desconto de 50% no estacionamento da EMEL para todos os lisboetas, duas promessas feitas por Moedas e pela coligação encabeçada pelo PSD durante a campanha das autárquicas.
Estão também previstos 13 milhões de euros a fundo perdido para o programa Recuperar+ e a devolução de 3% de IRS aos habitantes de Lisboa.