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"A minha palavra sai, no fim, honrada", diz José Silvano
Notícias
Publicado em 07/02/2022

"Há aqui uma coisa que, para um transmontano, é verdadeiramente importante, demorasse o tempo que demorasse. É a sua palavra honrada". Foi esta uma das mensagens transmitidas por José Silvano, em declarações aos jornalistas após a sua absolvição no processo das "presenças falsas" no Parlamento.

"A Sr.ª juíza provou, com objetividade, que o que eu disse no início foi o que ela entendeu no fim; que nunca mandei registar ninguém a minha presença, e não recebi qualquer tostão pelas presenças que faltei na Assembleia da República. Sempre disse isto desde o início, repito isso no fim", reiterou o secretário-geral do PSD, na sede do partido, em Lisboa.

José Silvano considera ter sido "condenado em praça pública [pela comunicação social e comentadores]", que deviam "pedir hoje desculpa por aquilo que insinuaram sobre uma pessoa que não merecia e sobre a sua palavra e carácter".

"O tribunal absolveu-me de uma acusação que eu sempre neguei e de uma condenação feita na praça pública, durante três anos e meio", acusou, adiantando que essa 'condenação' foi usada "para prejudicar a imagem do seu secretário-geral, mas também a imagem do PSD".

"A absolvição do tribunal era a justiça a funcionar, as pessoas podem acreditar ou não. […] Mas, há aqui uma coisa que, para um transmontano, é verdadeiramente importante, demorasse o tempo que demorasse. É a sua palavra honrada", defendeu José Silvano, rematando que o dia do seu aniversário terminou "da melhor maneira".

"A minha palavra sai, no fim, honrada", repetiu.

José Silvano agradeceu ainda a Rui Rio, presidente do PSD, "que, contra tudo e contra todos, segurou o seu secretário-geral, porque sabia desde o início e confiava na [sua] palavra".

"Se fosse qualquer outro líder, tenho dúvidas de que tivesse acabado como secretário-geral", confessou.

A sentença, proferida pela juíza Ana Sofia Claudino, considerou que não ficou provado que José Silvano tenha instruído a colega de bancada parlamentar, Emília Cerqueira, a assinalar falsamente a sua presença no Parlamento, nos dos dias 18 e 24 de outubro de 2018.

O tribunal afastou também qualquer intenção de Emília Cerqueira em marcar falsamente a presença de José Silvano.

José Silvano e Emília Cerqueira foram acusados por dois crimes de falsidade informática, imputação que rejeitavam.

Recorde-se que, nas alegações finais de 17 de janeiro, o procurador do Ministério Público (MP) considerou ter ficado provada a narrativa da acusação e pediu a condenação dos dois arguidos, sem quantificar a pena ou a sanção a aplicar.

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