Os vários ataques cibernéticos que têm ocorrido durante esta semana causam preocupação à ministra da Justiça, Francisca Van Dunem. Em declarações aos jornalistas, a governante refere que o "país está preparado na medida do possível" para dar resposta a ameaças dessa natureza.
Ressalvando que até o próprio "Pentágono" já foi alvo de ataques deste tipo, Van Dunem aponta que "não há nenhum país, nem nenhuma instituição, que esteja completamente imune a estes ataques".
No entanto, refere que este é um problema que está a ser tratado "quer ao nível dos serviços de inteligência, quer da polícia". Destaca ainda que este é, por isso, o momento de deixar essas mesmas autoridades "trabalhar".
Após uma sessão de inauguração de um estabelecimento prisional em Viseu, a ministra da Justiça referiu que, neste momento, a Polícia Judiciária terá já, não só, os "meios tecnológicos", mas também "os meios humanos" para reagir a este tipo de situações, que esta semana tiveram como alvos a Vodafone, o grupo de media Trust in News e os laboratórios Germano de Sousa.
Francisca Van Dunem garante que estão assim "criadas todas as condições para o país se defender desses ataques" e que Portugal "conhece os riscos do momento que atravessa". Ressalva, a este nível, o "diploma relativo à proteção das infraestruturas críticas e das comunicações", aprovado no ano passado e que "vai ter de ser implementado".
Como refere a ministra da Justiça, a questão do cibercrime apresenta-se atualmente como "uma das grandes preocupações" dos países no plano europeu e internacional. Uma realidade que, como relembra, "já vinha crescendo antes da pandemia", mas que se "agravou" no contexto da mesma.
É assim preciso, na ótica da responsável pela pasta da Justiça, que os governos continuem a trabalhar para criar "um ciberespaço em segurança".