O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, abordou esta segunda-feira, a questão do alívio das medidas restritivas em vigor para combater a pandemia da Covid-19, antecipando o levantamento de algumas das medidas.
Aos jornalistas, o chefe de Estado assumiu que não se deverá anunciar "nada de muito novo" na reunião com os especialistas, agendada para dia 16 de fevereiro, mas que esta "representa uma nova fase em termos de transição da pandemia para a endemia".
Segundo o chefe de Estado, a reunião "deve corresponder à avaliação que os especialistas farão da situação sanitária, não há nada como ouvir os especialistas", apontou.
"Traduz-se nisto: por um lado temos uma diminuição do número de casos progressiva e sustentada, por outro lado uma diminuição do número de internamentos e do número de mortos. Portanto, tudo a caminhar no mesmo sentido", explicou o Presidente da República.
"Vamos ouvir e naturalmente depois há a formalização pelo Governo - neste caso é ainda o Governo em funções, antes da posse do novo Governo, penso que a ideia é essa, é ser ainda o Governo que presidiu à gestão da crise pandémica a entrar nesta fase antecipando aquilo que é depois a atuação do futuro Governo a empossar", acrescentou.
O Governo reúne-se esta quarta-feira no Infarmed com os especialistas para avaliar a situação pandémica no país. O alívio das medidas restritivas, que ainda se encontram em vigor, está a ser ponderado pelo Governo perante a progressão positiva da pandemia.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas junto ao Tejo, em Belém, com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, ao seu lado, depois de ter inaugurado com o Presidente esloveno, Borut Pahor, um banco alusivo à amizade entre Portugal e a Eslovénia.
Restrições sanitárias mantêm-se na tomada de posse do Governo
Relativamente à posse do Governo, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que provavelmente haverá ainda algumas "restrições sanitárias" nessa cerimónia e reiterou que "mantém-se em princípio a data" fixada, 23 de fevereiro, mas ressalvou que há que "aguardar pelos passos anteriores" até à publicação do mapa oficial dos resultados das legislativas.
Quanto à composição do novo elenco governativo, escusou-se a fazer qualquer comentário, declarando apenas que "o Presidente da República nessa matéria respeita a iniciativa do primeiro-ministro".