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Envio de tropas portuguesas para a Ucrânia? "Não temos nada previsto"
Notícias
Publicado em 16/02/2022

 

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, afirmou, esta quarta-feira, que o "diálogo e diplomacia são a chave" para resolver a situação que envolve a Ucrânia e Rússia. 

O governante adiantou que "continuamos numa situação em que a Rússia tem capacidade para uma ação militar de grande envergadura com pouco ou nenhum pré-aviso", uma vez que, "no terreno, ainda não vimos nenhuma alteração" no que diz respeito às tropas russas junto à fronteira.

Quanto ao envio de militares portugueses para o terreno, Gomes Cravinho afirma não ter "previsto nada para além do que foi decidido no último Conselho Superior de Defesa Nacional no ano passado", mas que, "naturalmente", qualquer nova decisão será objeto de avaliação por parte do Conselho Superior. 

Gomes Cravinho sublinhou que, para a NATO, "diálogo e diplomacia são a chave para a resolução desta situação e o desanuviamento das tensões", mas, ao mesmo tempo, a organização transatlântica considera que "dissuasão e diálogo são duas faces da mesma moeda, e é muito importante os aliados da NATO terem uma postura de grande dissuasão, precisamente para precaver contra qualquer aventureirismo, qualquer atitude que ponha em causa a segurança da Aliança".

Sobre o envio de militares portugueses para a Roménia, "isso está previsto, faz parte dos exercícios habituais", esclareceu ainda sublinhando que tal não tem que ver com o conflito Ucrânia-Rússia. 

O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa já tinha dito na terça-feira, dia 15 de fevereiro, que o envio de forças para missões militares deve ser submetido a "parecer prévio" do Conselho Superior de Defesa Nacional, onde estão representantes do parlamento, "a menos que haja uma urgência".

Marcelo abordou esta questão a propósito das declarações que o comentador político e conselheiro de Estado Luís Marques Mendes fez no domingo na SIC, segundo as quais o Governo decidiu, durante a recente campanha eleitoral, em consenso com o Presidente da República e com a oposição, o envio de tropas para a Roménia, no quadro da NATO, face à situação de tensão entre a Ucrânia e a Rússia.

A última reunião do CSDN que é do conhecimento público realizou-se em 26 de novembro, por videoconferência.

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