Nações Unidas aprovam voto de condenação à Rússia por invasão da Ucrânia
02/03/2022 20:39 em Notícias

A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou hoje a invasão russa da Ucrânia, com uma maioria de 141 países a favor. Outros 35 abstiveram-se, e apenas cinco votaram contra - a Federação Russa, Eritreia, Coreia do Norte, Bielorrússia e Síria. A entidade apelou também à retirada das tropas russas do território ucraniano.

Apoiada por 94 países, a resolução revela que a ONU "condena fortemente a agressão da Federação russa contra a Ucrânia", pedindo que as forças militares russas sejam "imediatamente, completamente e incondicionalmente retiradas".

Ainda que não seja juridicamente vinculativo, o documento representa mais uma condenação da ofensiva russa na Ucrânia, num momento em que a pressão sob Moscovo e a Bielorrússia está a aumentar a nível global, com pesadas sanções.

Recorde-se que, na sexta-feira, a Rússia vetou uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que condenava a sua agressão à Ucrânia, naquela que foi uma votação com 11 votos a favor e três abstenções, da China, Índia e Emirados Árabes Unidos.

Sessões extraordinárias de emergência foram apenas acionadas 11 vezes desde 1950, sendo esta a primeira vez em 40 anos que o Conselho de Segurança foi convocado sob o princípio de "restabelecer a paz".

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kyiv. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar Moscovo.

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