O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, disse esta terça-feira após a Comissão da Defesa Nacional - que analisou a situação na Ucrânia - que há material militar português a caminho da Ucrânia.
De acordo com Gomes Cravinho, o envio de mais material militar ainda não está previsto dado o dever de reserva que se deve manter.
Quanto aos militares portugueses enviados, o ministro da Defesa explica que se encontram na Roménia e que irão "trabalhar com as forças armadas da Roménia e francesas".
"Irão estar colocados no sul da Roménia, por isso não estão imediatamente próximos da fronteira, mas exercem um papel de reforço da dissuasão da NATO”, explicou o ministro acrescentando que Portugal tem ainda "forças de reação rápidas que estão disponíveis caso o capitão da NATO julgue necessário".
Questionado sobre o porquê destas forças ainda não terem sido usadas, Gomes Cravinho explica que não o foram porque o comandante europeu da NATO ainda não considerou necessário. “No entendimento dele, até ao momento, a dissuasão é feita através dos batalhões fixos que vamos também reforçar”, apontou.
"O comandante militar da NATO tomará a decisão se precisar de usar esta força", concluiu.
Recorde-se que a Rússia lançou uma ofensiva militar contra a Ucrânia na madrugada de dia 24 de fevereiro sob pretexto de querer "desnazificar" o país. A invasão - que dura há já 13 dias - foi condenada veemente pela generalidade da comunidade internacional.