Em nova derrota, Brasil não elege juíza para Tribunal da ONU em Haia
10/01/2021 15:35 em Notícias

isolamento diplomático do governo de Jair Bolsonaro afastou o Brasil de um assento no Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda. A desembargadora Mônica Sifuentes abandonou a disputa pelo cargo após um fraco desempenho nas eleições do órgão, em dezembro.

A informação é do colunista da UOL Jamil Chade. A derrota indica o distanciamento político do Brasil na comunidade internacional, já que a votação coincide com a popularidade do governo.

O tribunal deve eleger seis novos juízes para o órgão, entre 18 candidatos. Pelo sistema do tribunal, os representantes dos países realizam rodadas de votação até que os seis nomes conquistem dois terços dos votos.

Na América Latina, Costa Rica e México elegeram Sergio Ugalde e Maria del Socorro Flores, respectivamente. Ambos acumularam 87 votos cada.

Os outros nomes vêm do Reino Unido, Serra Leoa e Geórgia. Trindade e Tobago e Tunísia disputam a última vaga em Nova York.

Sifuentes somou apenas 14 apoios na última etapa entre 123 países, quando disputava a terceira rodada. Fora da lista de nomes sugeridos pela comunidade internacional, a desembargadora foi escolhida por Bolsonaro.

Procuradores do tribunal examinam uma denúncia contra o presidente por incitar o genocídio e promover ataques sistemáticos a povos indígenas.  A abertura de um exame preliminar sobre a questão está em pauta.

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