Às 10h13, a moeda norte-americana subia 1,16%, cotada a R$ 5,4743. Na máxima até o momento, bateu R$ 5,4988 – maior cotação intradia desde 6 de novembro (R$ 5,5736). Veja mais cotações.
No exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de moedas também tinha alta, dando sequência à correção dos últimos dias, destaca a Reuters.
Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 0,24%, a R$ 5,4115, acumulando alta de 4,32% na semana e no ano.
O dia é de correção em vários ativos de risco, como bolsas, moedas emergentes e petróleo, depois de uma escalada recente que levou as duas primeiras classes de ativos a patamares recordes.
"Após uma primeira semana do ano de forte valorização, a sessão desta segunda-feira é de queda para as principais bolsas internacionais. Além de um movimento natural de realização, investidores monitoram a aceleração dos casos de coronavírus e a reta final do governo Trump", disse o BTG Pactual digital.
A Alemanha informou aumento nos casos de coronavírus mesmo com a maior parte da Europa sob rigorosas restrições, enquanto a China registrou o maior aumento diário nas infecções em mais de cinco meses, elevando as preocupações de um atraso no ritmo da recuperação da economia global.
Por aqui, os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para 2020 de 4,38% para 4,37%, segundo pesquisa Focus do Banco Central. Para 2021, subiu de 3,32% para 3,34%.
Já a projeção para o tombo do PIB de 2020 é de uma queda de 4,37%. Para 2021, o mercado projeto um crescimento de 3,41% da economia brasileira. de 3,40% para 3,41% a estimativa média de crescimento do PIB para 2021.O levantamento semanal mostrou que a Selic passou a ser estimada agora em 3,25% em 2021 e em 4,75% em 2022, respectivamente de 3% e 4,50% na semana anterior. Já a projeção dos analistas para a taxa de câmbio no fim de 2021 foi mantida em R$ 5 por dólar.
As incertezas sobre o rumo da agenda de reformas no país, a relação entre Executivo e Legislativo pós-eleições para Câmara e Senado e o salto de casos de Covid-19 no Brasil têm aumentado, porém, as dúvidas sobre o ritmo de recuperação da economia em 2021.
As preocupações com a saúde das contas públicas, o patamar de juros baixos e sinais de fortalecimento do dólar ante seus pares desenvolvidos e emergentes são apontados como alguns dos principais fatores para um câmbio mais pressionado no Brasil nas últimas semanas.
"O dólar está sob pressão no nosso mercado, em especial, por ser o 'refugio' defensivo dos riscos fiscais que se acentuam continuamente, a partir do mercado futuro, diretamente com demanda da moeda ou com a utilização de derivativos, pois o mercado financeiro percebe que há maior probabilidade que se acentuem a tendência dos gastos com a criatividade para novos programas assistenciais incrementando o risco de rompimento do teto orçamentário", escreveu Sidnei Moura Nehme, diretor executivo da NGO Corretora.