Um dos pilares da economia da Guatemala, as remessas de expatriados cresceram 8% no ano passado em relação a 2019 – um recorde, informou o portal argentino Infobae.
O aumento já soma US$ 11,3 bilhões (R$ 61,5 bilhões), valor histórico em meio à crise gerada pela pandemia, de acordo com autoridades locais. Segundo o Banco da Guatemala, grande parte do montante vem de cidadãos guatemaltecos baseados nos EUA.
Em 2019, a soma de remessas do exterior foi de US$ 10,5 bilhões. O maior volume de remessas veio em dezembro, com US$ 1,1 bilhão – quase um quarto a mais que o mesmo mês em 2019.
Em 2019, segundo dados do Banco Mundial, o PIB (Produto Interno bruto) da Guatemala foi de US$ 85,3 bilhões.
Por conta da pandemia e do aumento no desemprego nos EUA, as remessas para a Guatemala sofreram uma desaceleração no segundo trimestre de 2020. A recuperação, porém, começou já no período seguinte.
Em paralelo, o número de deportados dos EUA para o país foi de pouco mais de 21 mil, redução de 61,4%, ante 54,6 mil em 2019. A redução é atribuída à suspensão de voos para diminuir as infecções por Covid-19.
O governo da Guatemala estima que cerca de 2,7 milhões de guatemaltecos estão nos EUA. Desses, apenas 400 mil estão legalizados.
A base da economia guatemalteca se confunde com os milhares de centro-americanos que enfrentam a viagem via México até os EUA para fugir da pobreza e da violência na região. Outros países vizinhos, como El Salvador e Honduras, apresentam padrão semelhante.