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"Não é aceitável mantermos este nível de circulação", avisa António Costa
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Publicado em 18/01/2021

Terminou a reunião de Conselho de Ministros extraordinária, realizada esta tarde, que teve como objetivo aprovar medidas adicionais ao confinamento geral, já em vigor desde as 00h00 do passado dia 15 de janeiro, para travar o exponencial crescimento da pandemia em Portugal.

Começando por alertar para o facto de, neste momento, estar em causa a "saúde e a vida de cada um de nós e de quem nos rodeia", o primeiro-ministro sublinhou, em conferência de imprensa, a partir de São Bento, que "não é aceitável mantermos este nível de circulação" verificado desde que entrou em vigor o confinamento geral.

De acordo com os dados reunidos pelo Executivo, "entre sexta e ontem, comparativamente com sexta e domingo da semana anterior, tivemos uma redução de 30% das movimentações", um valor que não é suficiente para travar as cadeias de transmissão no país.

Perante a situação, António Costa explicou que se impõe o alargamento do quadro de medidas e procedeu ao anuncio das novas medidas, relevando que passa a ser proibido: a "venda ou entrega ao postigo, em qualquer estabelecimento do ramo não alimentar", a "venda ou entrega em cafés ou em estabelecimentos em 'take away'" e o consumo "à porta ou na via pública" nas imediações destes espaços.

"Está também proibida a circulação entre concelhos aos fins de semana", revelou.

O primeiro-ministro também avançou que "serão encerrados todos os espaços de restauração em centros comerciais", mesmo em regime de 'take away', e que serão "proibidas todas as campanhas de saldos e de promoções".

Sobre os espaços públicos, será também proibida a permanência nestes locais, como por exemplo, em jardins e zonas destinadas ao exercício físico:

"Solicitamos a todos os presidentes das câmaras municipais que limitem o acesso a locais de grande concentração de pessoas como frentes ribeirinhas, parques infantis e equipamentos desportivos", informou.

Serão ainda encerradas as "universidades sénior, os centros de dia e centros de convívio". Contudo, "não se justifica alterar a decisão tomada relativamente ao funcionamento das escolas". Ou seja, os restantes estabelecimentos de ensino irão permanecer de portas abertas.

"Para reforçar a obrigatoriedade do teletrabalho, é determinado que todos os trabalhadores que se tenham de deslocar para o local de trabalho sejam portadores de uma credencial pela entidade empregadora", adiantou também.

Ainda sobre novas medidas, o chefe do Governo informou que "todos os estabelecimentos deverão encerrar às 20h00 aos dias de semanas e às 13h00 aos fins de semana, com exceção do retalho alimentar, que pode ficar aberto até às 17h00", e que haverá "mais visibilidade das forças de segurança na via pública", designadamente, nas imediações dos estabelecimentos escolares, de forma a serem um fator de dissuasão para impedirem ajuntamentos que são uma ameaça à saúde pública".

"Estamos a viver o momento mais grave desta pandemia"

Depois de ter estado reunido com a 'taks force' responsável pelo plano de vacinação contra a Covid-19 esta manhã, António Costa aproveitou ainda o momento para revelar que o país está "condições de ter uma melhor gestão do stock de vacinas e acelerar o processo de vacinação nos lares".

Assim, o Executivo assumiu, acrescentou o primeiro-ministro, o objetivo de "concluir até ao final da próxima semana a vacinação integral da primeira toma em todos os lares, salvo, naturalmente, naqueles onde a existência de surtos nos impede de proceder à vacinação".

Por fim, o chefe do Governo alertou que, neste momento, "estamos a viver o momento mais grave desta pandemia" e apelou, mais uma vez, para que todos os portugueses cumpras as medidas de combate à pandemia.

 

                                                                                                                                                                    Notícias ao minuto

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