Tobe Hayden-Leigh, de 45 anos, entrou numa unidade de cuidados intensivos, em um hospital de Surrey, no Reino Unido, para ameaçar os profissionais de saúde, no qual ele acusa de serem "homicidas".
A polícia do condado de Surrey divulgou esta quarta-feira (27), imagens do homem, natural do condado limítrofe de Kent, para que se possa ser levado à justiça.
Tobe Hayden-Leigh estava com um grupo de pessoas, todos sem máscara, quando entraram no hospital e começaram a insultar os profissionais de saúde. O incidente foi filmado pelos próprios, com o propósito de depois colocar as imagens nas redes sociais, o que aconteceu no dia 23 de janeiro.
O negacionista do vírus SARS-CoV-2 estava pressionando os médicos para que o paciente tivesse alta e fossem levados para casa, enquanto os profissionais de saúde tentavam dizer que o doente podia "morrer a qualquer minuto" se fosse removido.
Tobe Hayden-Leigh insistia para que fosse retirado o oxigênio de um paciente e ignorava os apelos do médico para sair do local, num incidente que durou cerca de 20 minutos. De acordo com a imprensa britânica, que teve acesso ao vídeo (entretanto eliminado pelo Facebook), é possível ouvir o doente tossindo e com dificuldade em respirar.
O homem insistia com o médico para que lhe definisse o coronavírus e que lhe provasse que existe, embora estivesse num local cheio de pacientes da doença.
Nesta quarta-feira as autoridades de Saúde e a polícia britânica indicam ao Guardian que há vidas sendo colocadas em risco e que o cuidado a pacientes está sendo colocado em causa devido a invasões de negacionistas nos hospitais.
Desde o início do ano, vários adeptos de teorias de conspiração perseguem profissionais de saúde e invadem hospitais e unidades de saúde para filmar e depois partilhar o resultado nas redes sociais. Até ao momento, foram detidas e multadas apenas sete pessoas.