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Crise da Covid-19 também é de corrupção, diz ONG
Notícias
Publicado em 28/01/2021

pandemia de covid-19, além de uma crise sanitária e econômica, mostrou também que tem sido agravada pela corrupção, algo que o mundo está atualmente falhando em combater, considerou hoje a presidente da organização Transparência Internacional (TI).

No relatório anual da organização não-governamental sobre o Índice de Percepção da Corrupção, que analisa 180 países e territórios, Delia Ferreira Rubio lamenta que o panorama se tem mantido um pouco por todo o mundo, onde a maioria dos Estados registraram poucas ou nenhumas melhorias no combate ao fenômeno em quase uma década.

Numa escala de 0 (pior) a 100 (melhor), mais de dois terços dos países e territórios analisados obtiveram resultados abaixo de 50, demonstrando que a corrupção não só mina a resposta global à covid-19 como contribui para a contínua crise da democracia, salienta-se no documento.

"O índice deste ano mostra que a corrupção é mais elevada nos países menos equipados para lidar com a pandemia de covid-19 e outras crises globais. O índice, que classifica 180 países e territórios pelos níveis de percepção de corrupção no setor público de acordo com especialistas e empresários, usa uma escala de zero a 100, onde zero é altamente corrupto e 100 é muito limpo", conta.

"Os dados mostram que, apesar de algum progresso, a maioria dos países ainda não consegue combater a corrupção de forma eficaz. Além de obter pontuações baixas, quase metade de todos os países estão estagnados no índice há quase uma década. Esses países não conseguiram mover a agulha de forma significativa para melhorar sua pontuação e combater a corrupção no setor público", refere-se.

Na lista dos 10 países menos corruptos, mantêm-se na liderança a Dinamarca e a Nova Zelândia, com 88 pontos, à frente da Finlândia, Singapura, Suécia e Suíça (todos com 85), Noruega (84), Países Baixos (82) e Alemanha e Luxemburgo (ambos com 90).

Na dos 10 mais corruptos figuram a Somália e o Sudão do Sul, ambos com apenas 12 pontos, a Síria (14), Iémen e Venezuela (ambos com 15), Sudão e Guiné Equatorial (ambos com 16), Líbia (17), Coreia do Norte, Haiti e República Democrática do Congo (todos com 18).

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