A viúva do jornalista e apresentador Ricardo Boechat (1952-2019), Veruska Seibel, 47, pediu aos internautas, nesta quinta-feira (28), para não publicarem imagens do acidente de helicóptero que matou seu marido em fevereiro de 2019. O apelo foi publicado pelo Instagram, onde ela também publicou um vídeo de Boechat brincando.
Veruska disse que, com a proximidade do aniversário do acidente, tomou coragem para fazer o pedido inspirado por um post de Vanessa Bryant, viúva do jogador da NBA Kobe Bryant, 41. Ele e a filha Gigi, 14, morreram há um ano, também na queda de um helicóptero, na cidade de Calabasas, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos.
"Se vocês quiserem homenagear meu marido e demonstrar que se importam com a nossa família nos dois anos sem ele, não publiquem mais imagens do acidente", escreveu Veruska.
Ricardo Boechat morreu no dia 11 de fevereiro de 2019, aos 66 anos, após a queda do helicóptero em que viajava em São Paulo. Um dos mais premiados jornalistas brasileiros, ele comandava dois programas diários, A Notícia com Ricardo Boechat, um matinal na rádio BandNews FM, e o Jornal da Band, à noite, na TV Bandeirantes. Ele tinha também uma coluna na revista semanal Istoé.
O jornalista conquistou o Prêmio Esso, o mais prestigioso do país, em três oportunidades, em 1989, 1992 (na categoria Informação Política, com Rodrigo França) e 2001 (na categoria Informação Econômica, com Chico Otávio e Bernardo de la Peña). Ele é também o maior ganhador do Prêmio Comunique-se, troféu que recebeu em três categorias: âncora de rádio, colunista de notícia e âncora de TV.
Filho de um diplomata brasileiro, ele nasceu em 13 de julho de 1952 em Buenos Aires, na Argentina, quando o pai servia o Ministério das Relações Exteriores. Sua mãe é a argentina Mercedes Carrascal, 86, que vive em Niterói desde 1956.
Boechat começou a carreira no jornalismo na década de 1970 como repórter do agora extinto jornal Diário de Notícias. Em 1983, foi para o jornal O Globo e, quatro anos mais tarde, chegou a ocupar a secretaria de Comunicação Social do Rio de Janeiro no governo Moreira Franco (1987-1991). Ele voltou para o jornal carioca em 1989, como editor da coluna Swann, que mais tarde, foi rebatizada com seu nome.