Dos 102 detidos, 70 são adultos e 32 menores, segundo a polícia catalã.
Na terça-feira, na primeira noite em que se registaram confrontos, a polícia local prendeu 18 pessoas, enquanto no dia seguinte o número subiu para 33.
Nos motins de quarta-feira, oito pessoas foram detidas e, na quinta-feira, a polícia ficou com mais quatro contestatários sob a sua custódia.
No sábado, durante os incidentes com maior impacto até ao momento durante esta vaga de contestação pela libertação de Hasél, foram detidas mais 39 pessoas.
Um grande grupo de manifestantes encapuçados separou-se da manifestação de apoio a Hasél, que reuniu hoje cerca de 6.000 pessoas no centro da cidade, e subiu o Paseo de Gracia em direção à avenida Diagonal, onde vandalizou e saqueou várias lojas.
O rapper Pablo Hasél, detido na terça-feira na Universidade de Lérida (Catalunha), tornou-se um símbolo da liberdade de expressão em Espanha, depois de ter sido condenado a nove meses de prisão por, segundo a acusação, insultar as forças de ordem espanholas, glorificar o terrorismo e injuriar a monarquia.
Os factos pelos quais o rapper foi condenado remontam a 2014 e 2016, quando publicou uma canção no YouTube e dezenas de mensagens no Twitter, acusando as forças de ordem, espanholas, de tortura e de homicídios.
Na segunda-feira Pablo Hasél barricou-se na Universidade de Lérida, a sua cidade natal, na Catalunha, na companhia de um grupo de apoiantes, mas a polícia catalã conduziu-o à prisão, na manhã de terça-feira, para cumprir a pena. As manifestações começaram ao fim da tarde desse dia.
A condenação de Hasél a uma pena de prisão provocou uma onda de protestos em Espanha.