O Governo anunciou, este sábado, em comunicado, que decidiu, no contexto da situação epidemiológica provocada pelo vírus SARS-CoV-2, prolongar, até ao dia 16 de março, as medidas restritivas do tráfego aéreo.
Significa isto que se mantêm suspensos todos os voos, comerciais ou privados, dos aeroportos ou aeródromos de Portugal continental, com origem ou destino no Brasil e no Reino Unido.
A exceção aplica-se, apenas, aos voos de natureza humanitária, para repatriamento de cidadãos nacionais, da União Europeia e de países associados ao Espaço Schengen, e seus familiares, bem como de cidadãos nacionais de países terceiros com residência legal em território nacional.
"Estes cidadãos têm de apresentar comprovativo de realização de teste molecular por RT-PCR para despiste da infeção por SARS-CoV-2, com resultado negativo, realizado nas 72 horas anteriores ao momento do embarque (com exceção das crianças que não tenham completado 24 meses de idade). Têm, também, de cumprir um período de isolamento profilático de 14 dias, no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde, ou aguardar pelo voo de ligação aos respetivos países em local próprio no interior do aeroporto", pode ler-se no documento enviado às redações.
Continuam, contudo, a ser autorizados os voos com destino e a partir de Portugal continental dos voos de e para os países que integram a União Europeia e dos países associados ao Espaço Schengen; de e para países que não integram a União Europeia ou que não sejam países associados ao Espaço Schengen, exclusivamente para viagens essenciais; e de apoio ao regresso dos cidadãos nacionais ou com residência legal em território nacional.
Também neste caso, todos os passageiros, com exceção das crianças que não tenham completado 24 meses de idade, têm de apresentar comprovativo de realização de teste laboratorial (RT-PCR) para rastreio da infeção por SARSCoV-2, com resultado negativo, realizado nas 72 horas anteriores ao momento do embarque.
Os passageiros provenientes de países que apresentem uma taxa de incidência igual ou superior a 500 casos por 100.000 habitantes têm, para além da apresentação do teste, de cumprir um período de isolamento profilático de 14 dias no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde, exceto para viagens essenciais cujo período de permanência em território nacional, atestado por bilhete de regresso, não exceda as 48h.
Recorde-se que a mesma tutela, a 21 de fevereiro, decidiu também manter, até à mesma data, o controlo de pessoas nas fronteiras terrestres e fluviais. A decisão aconteceu na sequência "do diálogo com os autarcas dos municípios raianos e da articulação permanente entre os governos de Portugal e de Espanha".