Mesmo perdendo boa parte dos prêmios a que concorreu, Beyoncé saiu da cerimônia do 63º Grammy, realizada neste domingo (14) fazendo história. Com os troféus de melhor videoclipe por "Brown Skin Girl", melhor performance de R&B com "Black Parade" e melhor música de rap e perfomance de rap por "Savage", ela se tornou a artista mulher com mais gramofones da história -são 28 no total.
É verdade que a vitória contou com uma ajudinha providencial de Megan Thee Stallion, autora de "Savage" que saiu consagrada da premiação. Coincidentemente, Megan é da gravadora de Jay-Z, a Roc Nation, e tanto ela quanto Beyoncé foram criadas em Houston, no Texas.
"Quando crescer, vou ser a Beyoncé do rap", disse Megan Thee Stallion, emocionada, ao receber o troféu de música de rap. "Minha mãe me dizia: 'Megan, o que a Beyoncé faria?' Eu respondia: 'É verdade, mas vou fazer um pouquinho mais podre."
Megan ainda ganhou o prêmio de artista revelação, um dos quatro mais importantes do Grammy. Os outros três foram vencidos por Taylor Swift, que teve o disco do ano com "Folklore", H.E.R., música do ano com "I Can't Breathe", e Billie Eilish, com "Everything I Wanted" em gravação do ano.
Até mesmo Eilish, a grande estrela da edição do ano passado, reconheceu a vitória acachapante de Megan. Ao ganhar o prêmio mais importante da noite, ela disse que a colega era a verdadeira merecedora dele.
"Estou até com vergonha. Megan, menina, eu ia escrever um discurso sobre como você merece esse prêmio, mas nunca achei que ia ganhar", disse Eilish. "Você é uma rainha. Quero chorar pensando no quanto te amo. Torço muito por você. É você que merece, de verdade."
Megan ainda fez uma das performances mais comentadas da noite. Rebolativa em um body brilhante, ela cantou uma versão de "Savage" que, apesar de requintada, não perdeu a pujança da original.
A apresentação foi só uma abertura para a entrada de Cardi B, com cabelos curtos e tingidos de rosa, cantando "Up". Em pouco tempo, ela e Megan estavam dividindo o palco, com um sapato de salto alto gigante na cenografia, cantando "WAP", parceria das duas que só vai concorrer ao prêmio no ano que vem.
A música, que fala sobre lubrificação vaginal, já gerou polêmicas com políticos conservadores nos Estados Unidos, e foi um dos momentos menos comportados da noite. Post Malone apareceu rindo e aplaudindo ao fim da performance.